O desenvolvimento da consciência espiritual é essencial para a aquisição de competências na área dos cuidados espirituais. Danvers afirma mesmo que “para identificar as necessidades espirituais do paciente, as enfermeiras precisam ter consciência da sua própria espiritualidade, quer seja no âmbito de uma religião oficial, quer numa forma menos convencional”(1).
Vamos percebendo que alguns enfermeiros não pensam muito acerca da sua própria espiritualidade ou ficam desconfortáveis com a exploração dos seus pensamentos, sentimentos e crenças espirituais… No entanto, a consciência que o enfermeiro tem da sua vida espiritual, pode ter uma profunda influência na sua capacidade de oferecer cuidados espirituais efectivos e eficientes.
Por exemplo:
1. se tenho alguém com quem discuto a experiência de “ausência” de Deus na minha vida, posso estar disposta a escutar a dor espiritual do meu paciente quando este me confia: “por vezes interrogo-me se Deus está comigo….”
2. se fui magoada por membros da minha igreja e não acredito mais que as formas institucionalizadas de religião podem ajudar no desenvolvimento espiritual, evitarei chamar o capelão do hospital acreditando estar a agir no melhor interesse do paciente…
Tomar consciência do que se passa comigo pode fazer toda a diferença, não vos parece?
(1) Danvers, M. A. (1998) Keeping in good spirits. Nursing Management, 5(5), 35-37
Margarida Vieira
1 comentário:
Como se desenvolve?
Como se trabalha?
São questões interessantes.
Nos próximos posts falaremos do que já sabemos sobre isso, e do muito que há para saber.
Obrigada por ter vindo até aqui.
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