sábado, setembro 01, 2007

Hoje, especialmente para a Ana ...

Afirma J. Greish que é "...o acto de prometer que define o que há de mais humano no homem".

E fico a pensar na "insensatez" de prometer... Isto é, de assumir a responsabilidade de realizar um acto ou assumir uma conduta no futuro, considerando a óbvia imponderabilidade do tempo não vivido... É por isso que a nossa capacidade de prometer define a nossa humanidade. Porque prometer exige a certeza da vontade.
Prometer exige a decisão de, aconteça o que acontecer, quaisquer que sejam as circunstâncias, agir de determinado modo. E só o ser humano, livre e responsável, é capaz de usar a sua autonomia para agir de acordo com a promessa feita.

Por isso, prometer amar para sempre, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, é um acto que só os seres verdadeiramente humanos são capazes de realizar. E com a consciência de que apenas os actos dependem da vontade, prometer amar alguém para sempre significa, apenas, prometer agir sempre de acordo com o amor...

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e näo tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e näo tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e näo tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor näo é invejoso; o amor näo trata com leviandade, näo se ensoberbece.
Näo se porta com indecência, näo busca os seus interesses, näo se irrita, näo suspeita mal;
Näo folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha.

[Coríntios 13, 1-8]